Durante sessão na Câmara de Barreiras, vereador da oposição elogia ordem de serviço para reforma do aeroporto, mas alerta para risco de paralisação e cita dados alarmantes do TCU sobre obras paradas na Bahia
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O vereador Rider Castro (União Brasil), um dos mais duros opositores do governo da Bahia na Câmara de Barreiras, surpreendeu ao reconhecer publicamente o avanço representado pela assinatura da ordem de serviço para a reforma e ampliação do Aeroporto Regional Dom Ricardo Weberberger, ocorrida na manhã desta terça-feira (3), com a presença do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Depois de 20 anos, demos hoje um passo importantíssimo […] quero aqui parabenizar o nosso governador Jerônimo, de fato está de parabéns”, declarou.
Mais cedo, durante cerimônia de entrega de viaturas e equipamentos à Polícia Militar, realizada na Praça Castro Alves, no centro de Barreiras, o governador Jerônimo Rodrigues fez uma cobrança pública à empresa responsável pela obra do aeroporto. Diante do público e após chamar ao palco um dos diretores da construtora, Jerônimo foi direto ao afirmar que o contrato precisa ser cumprido com rigor, e que o governo já assegurou os recursos financeiros para a execução.
“Você não deve nada ao governo do Estado, nem o governo do Estado deve a você. Você ganhou uma licitação, foi pública. Você tem obrigação. Eu tenho obrigação. Você tem obrigação de fazer o que está no contrato. Podemos fazer amizade, seremos amigos, mas o que está no contrato é lei”, declarou o governador.
O gesto foi interpretado como um recado político para garantir agilidade e seriedade na execução das obras, que segundo ele começarão em até 10 dias. Ainda na mesma fala, o governador pediu que a empresa priorize a contratação de mão de obra local e advertiu que não haverá tolerância com atrasos:
“Não é falta de dinheiro. O dinheiro nós já temos. A vontade nós já temos. E a necessidade desse aeroporto do Oeste também existe.”
Apesar do reconhecimento, o tom do discurso rapidamente voltou à crítica. Rider questionou o ritmo das obras conduzidas pelo Estado e lembrou o alto índice de paralisações registrado por órgãos de controle.
“O TCU, em dezembro do ano passado, trouxe um retrato: 972 obras públicas paradas no Estado da Bahia. Cerca de 70% das obras do governo estavam paralisadas”, pontuou.
Comparações com gestões municipais: agilidade como referência
O vereador estabeleceu um contraste direto entre o modus operandi do Estado e as gestões municipais recentes, ao lembrar da prática do ex-prefeito Zito Barbosa e do atual prefeito Antônio Henrique Júnior (PP), onde — segundo ele — a execução das ordens de serviço se dava com rapidez.
“Quando Zito dava uma ordem de serviço de manhã, à tarde já tinha máquina operando. Muitas vezes, começava ali mesmo, no ato”, disse Rider. “Estamos mal acostumados”.
Diante da incerteza sobre os prazos reais de execução por parte do Estado, propôs um “voto de confiança condicionado” ao governo baiano.
“Vamos dar uma carência de 60 dias e contar os 10 meses do cronograma a partir daí. Vamos fiscalizar de perto”.
Fiscalização prometida:
“Não quero ver Barreiras nas estatísticas do fracasso”
Ao reafirmar o compromisso de acompanhar a obra até sua conclusão, Rider alertou que não aceitará desculpas futuras caso o cronograma seja descumprido.
“Não queremos que o nosso aeroporto entre nessa estatística de obras paradas. Vamos acompanhar esse processo do início ao fim”, disse, comprometendo-se a estar presente na reinauguração prevista para meados de 2026. “Queremos o cume da montanha”
Encerrando sua fala com tom simbólico, o parlamentar afirmou que o momento atual é importante, mas não definitivo.
“Ainda não atingimos o cume da montanha. Vamos chegar lá quando descerrarmos a placa de reinauguração, com todo o staff do governo presente, entregando de fato o novo aeroporto ao povo oestino”.
A fala do vereador Rider Castro ocorre em um momento de intensa cobrança por infraestrutura na região Oeste, e reflete o tom ambíguo de uma oposição que, embora reconheça avanços pontuais, mantém a vigilância e a crítica como princípios inegociáveis.
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Parabéns aos integrantes da Comissão da Paz, que idealizou o Movimento Decola Oeste… Os méritos são de vocês. Porém, quem vai ganhar, se esta obra for realmente realizada, somos todos nós…
Mais uma vez, mais promessas… Esperamos em Deus que, desta vez, cumpram definitivamente este compromisso, já realizado em várias oportunidades… Nós que residimos aqui, e aqueles que nos visitam frequentemente a serviço do desenvolvimento de nossa região, Estado e Brasil, vamos agradecer…
Só temos que ter precauções, nas próximas eleições, com alguns políticos picaretas e aproveitadores que se dizem “donos do Oeste. Estes insistem em perseguir ocultamente nosso povo, trabalhando para desviar todo e qualquer recurso destinado a esta importante Obra… São picaretas que, em toda política colocam as caras como candidatos… Querem fazer da política profissão…