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Pneumologista aponta agravamento com o clima seco e frio; hospital reforça vigilância diante do aumento de notificações e óbitos por SRAG
Caso de Política com Ascom HO – Quatro mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) já foram registradas no Hospital do Oeste (HO), em Barreiras, até a primeira quinzena de maio de 2025. A unidade, que é gerida pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) e vinculada ao governo da Bahia, notificou 127 casos este ano. Em todo o ano de 2024, foram 245 registros e 16 mortes pela doença, caracterizada por inflamação severa dos pulmões e alta taxa de mortalidade intra-hospitalar.
De acordo com a pneumologista Josana Roque, do Hospital do Oeste, o aumento dos casos coincide com o período de frio e clima seco na região, que favorece a circulação de vírus respiratórios como Influenza (H1N1, H3N2 e Influenza B), Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e SARS-CoV-2 (causador da covid-19). “As vias respiratórias ficam mais ressecadas e vulneráveis, e as aglomerações em ambientes fechados facilitam a disseminação dos vírus”, alerta.
Segundo ela, a situação se agrava com os focos de queimadas na zona rural de Barreiras, que afetam diretamente crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Josana reforça a importância de buscar atendimento médico diante de sintomas como febre persistente e dificuldade para respirar, evitando automedicação e exposição a ambientes fechados. O uso de máscara e a vacinação também foram apontados como medidas fundamentais de prevenção.
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), já emitiu alerta às unidades de saúde quanto ao aumento dos casos de SRAG e Síndrome Gripal (SG). Seguindo o protocolo estadual, o HO intensificou o monitoramento e o atendimento multidisciplinar aos casos.
Dados da Sesab apontam que, até abril, foram notificados 1.873 casos de SRAG em todo o estado. Desses, 103 foram confirmados como infecções por Influenza, com quatro óbitos. As maiores ocorrências foram registradas em Salvador (47), Eunápolis (23), Lauro de Freitas (8), Porto Seguro (5) e Feira de Santana (2). As mortes ocorreram em Salvador (2), Barreiras (1) e Entre Rios (1).
A pneumologista reforça que a SRAG, mesmo quando em menor volume, representa risco constante devido à gravidade do quadro clínico. Em casos de sintomas intensos, especialmente dificuldade respiratória, a recomendação é procurar imediatamente uma unidade de emergência.
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