
Espaço centenário enfrenta mato alto, lixo acumulado e risco de queimadas; moradores pedem respeito e vereadora Dicíola cobra plano de manutenção da Prefeitura
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Cemitério São João Batista, um dos mais antigos de Barreiras, tem sido alvo de críticas crescentes por parte da população. Localizado no coração da cidade, o espaço – que deveria inspirar respeito e cuidado – hoje apresenta sinais visíveis de abandono. Mato alto toma conta das alamedas entre os túmulos, o lixo se acumula e o risco de incêndios aumenta a cada dia. Para muitas famílias, o cenário representa não apenas descaso com a zeladoria urbana, mas desrespeito à memória de quem ali descansa.
“É revoltante chegar aqui e ver o túmulo do meu pai cercado de mato e sujeira. A gente vem visitar e sai com o coração ainda mais pesado”, relata uma visitante que preferiu não se identificar.
Assim como ela, dezenas de moradores têm registrado imagens e feito denúncias nas redes sociais, cobrando providências do poder público.
A crítica mais recorrente se refere à ausência de um plano de manutenção contínuo. A limpeza, segundo os próprios frequentadores, costuma acontecer apenas às vésperas do Dia de Finados. Fora isso, o cuidado com o espaço é esporádico e insuficiente.
“A dignidade dos mortos e o direito das famílias não podem ser limitados ao calendário de novembro”, afirmou um cidadão em uma das postagens que circulam nos grupos locais.
A indignação popular encontrou eco no Legislativo. A vereadora Dicíola Baqueiro (União Brasil), que já vinha acompanhando a situação, levou a pauta diretamente ao prefeito Otoniel Teixeira durante reunião em seu gabinete, realizada no dia 17 de junho. Conforme noticiou o Portal Caso de Política, além da situação dos cemitérios, Dicíola também abordou temas como a revitalização do Centro Histórico e a necessidade de investimentos na educação.
Mas foi a cobrança por respeito à memória das famílias que ganhou destaque.
“Não se trata apenas de limpar para a aparência, mas de manter um espaço digno o ano todo. O cemitério São João Batista é centenário e precisa de cuidado permanente. A sensação de abandono é inaceitável”, disse a vereadora.
Ela defende que a Prefeitura implemente um cronograma de limpeza regular, com equipes dedicadas à manutenção dos cemitérios públicos. A proposta é que a zeladoria deixe de ser emergencial e passe a ser preventiva. A medida, além de garantir dignidade às famílias, evitaria problemas ambientais, como queimadas, comuns na época da seca, devido ao acúmulo de vegetação seca.
O prefeito sinalizou que vai analisar os pedidos, mas ainda não há prazo anunciado para ações efetivas.
Enquanto isso, o São João Batista segue revelando um retrato incômodo de negligência. E o que deveria ser um local de memória e paz continua sendo, para muitas famílias, mais uma dor a ser enfrentada.
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