
João Felipe aponta irregularidade na montagem do São João 2025 e afirma que o processo licitatório ainda estava aberto quando a ornamentação já havia sido instalada e divulgada pela prefeitura
Prefeitura é acusada de instalar decoração junina antes de concluir licitação
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A instalação da ornamentação do São João 2025 em Barreiras gerou uma grave denúncia de irregularidade levantada pelo vereador João Felipe (PCdoB). Segundo ele, a prefeitura executou e divulgou a decoração do circuito junino antes mesmo do encerramento do prazo legal para envio de propostas do edital, previsto para as 17h de 16 de junho. O caso será levado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas.
A denúncia, gravada em vídeo no próprio circuito da festa, foi publicada nas redes sociais do parlamentar. Em meio às bandeirolas já erguidas, João Felipe questiona a legalidade do ato administrativo: “Ontem, dia 15, a prefeitura já estava postando nas redes sociais a instalação das bandeirolas. Como pode a dispensa de licitação ainda estar aberta e a decoração já estar pronta?”, disse.
Documento oficial da Dispensa de Licitação nº 008/2025, assinado pela Secretaria de Cultura de Barreiras, confirma que o prazo para envio de propostas era até 16 de junho às 17h. A antecipação da instalação das bandeirolas, levanta suspeitas de irregularidade no processo
A informação foi confirmada pelo Portal Caso de Política após consulta ao Portal da Transparência. De acordo com o Aviso de Dispensa de Licitação nº 008/2025, assinado pelo secretário de Cultura, Virgolino de Lima Pinto, o valor previsto para a contratação do serviço é de R$ 58.500,00, com prazo para apresentação de propostas encerrando apenas no dia 16 de junho às 17h.
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A antecipação da execução contratual levanta suspeitas sobre a lisura do processo. Para o vereador, a situação escancara uma inversão de etapas que esvazia a finalidade da licitação e fere os princípios básicos da administração pública.
“Se a empresa já executou o serviço antes do encerramento da licitação, estamos diante de um teatro. Isso não é só um atropelo ao processo legal, é um desrespeito ao dinheiro do povo”, criticou João Felipe, ressaltando o risco de direcionamento e simulação de concorrência pública.
Além de cobrar explicações formais da prefeitura, o vereador anunciou que encaminhará a denúncia aos órgãos de controle.
“Vou oficializar pedidos de esclarecimento à Secretaria de Cultura e acionar o Ministério Público e o Tribunal de Contas. Essa história não vai terminar nas redes sociais.”
Na reta final de seu pronunciamento, João Felipe ampliou o debate, questionando as prioridades da atual gestão. Para ele, o investimento em festas contrasta com as dificuldades enfrentadas pela população em áreas essenciais.
“Sei da importância cultural do São João, mas enquanto isso se gasta fortunas aqui, tem gente sofrendo na saúde pública. Estou aqui para defender o recurso que vem dos nossos impostos.”
O episódio lança uma sombra sobre a transparência da gestão municipal. A pressa na execução, longe de ser elogiada, se tornou o estopim de uma crise de confiança. Resta agora à prefeitura explicar por que um serviço foi concluído antes mesmo da escolha oficial do prestador. Afinal, se a disputa ainda estava aberta, por que agir como se já houvesse um vencedor?
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