
Foto: AIBA
Cidade do Oeste baiano será vitrine da produção de cacau tecnificado e sustentável durante o Cacauicultura 4.0, maior encontro nacional do setor
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O município de Riachão das Neves volta a ser protagonista da transformação agrícola no Oeste baiano ao sediar, pelo segundo ano consecutivo, o maior evento da cacauicultura nacional. A cidade receberá o dia de campo da 5ª edição do Cacauicultura 4.0, marcada para os dias 10 a 12 de julho, reafirmando sua importância estratégica para o futuro da cadeia produtiva do cacau no Brasil.
O evento é promovido pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) e reúne produtores, pesquisadores, investidores e técnicos em torno de pautas como inovação genética, sustentabilidade e mercado global. Desde sua primeira edição, o Cacauicultura 4.0 tem fortalecido a região como nova fronteira agrícola, com Riachão das Neves despontando como símbolo desse avanço.
Cidade que virou referência no cacau irrigado
Tradicional produtora de grãos, Riachão das Neves tem vivenciado uma transformação produtiva nos últimos anos. O perímetro irrigado de Riacho Grande foi o ponto de partida para a introdução do cacau tecnificado no Cerrado baiano. A resposta agronômica surpreendeu especialistas da Ceplac e da Embrapa, que observaram um vigor vegetativo acima da média nacional mesmo em clima semiárido.
Desde então, a cidade vem atraindo investimentos em pesquisa genética, viveiros locais e modernização de técnicas de plantio, com destaque para a adoção de sulcos mecanizados e mudas clonais de alta performance. As lavouras já atingem produtividades superiores a 200 arrobas por hectare, nível comparável às melhores áreas do país.
Além da produtividade, a ausência da vassoura-de-bruxa, praga ainda presente em áreas tradicionais, aliada ao uso intensivo de irrigação de precisão, coloca Riachão como modelo de cultivo sustentável, escalável e competitivo.
Presença histórica no evento
As edições anteriores do Cacauicultura 4.0 consolidaram Riachão das Neves como sede essencial do evento. A cidade sediou dias de campo nas últimas duas edições, atraindo visitantes de diversos estados e reforçando sua condição de laboratório a céu aberto para tecnologias de cultivo no Cerrado. A Fazenda Santa Helena, onde acontecerá novamente a etapa prática do evento em 2025, é uma das propriedades modelo, com integração entre sensores, fertirrigação, rastreabilidade e práticas regenerativas.
Segundo Moisés Schmidt, presidente da Aiba, a evolução do cultivo em Riachão mostra como o Oeste baiano pode ir além da soja, do milho e do algodão:
“Temos produtores conectando ciência, solo e clima com o que há de mais moderno em manejo. A cacauicultura no Cerrado virou realidade e Riachão é o epicentro desse novo ciclo de inovação”, afirma.
Programação
- 10 de julho (quarta-feira): Abertura oficial e recepção de autoridades – Barreiras
- 11 de julho (quinta-feira): Ciclo de palestras no Parque Engenheiro Geraldo Rocha (Barreiras), com temas como genética, bioinsumos, irrigação e mercado
- 12 de julho (sexta-feira): Dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves, com demonstrações práticas e visitas técnicas
Estão confirmadas presenças de representantes da Ceplac, Embrapa, Ministério da Agricultura, viveiros genéticos, entidades internacionais de fomento e indústrias do chocolate gourmet.
Produção sustentável e mercado premium
Com a crescente demanda global por cacau de origem sustentável e rastreável, o modelo adotado em Riachão das Neves pode colocar o Brasil em posição de destaque no segmento de qualidade premium. A integração entre produtividade, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental torna a cidade não apenas uma referência regional, mas uma vitrine nacional da nova cacauicultura brasileira.
Serviço
- Data: 10 a 12 de julho de 2025
- Locais: Barreiras e Riachão das Neves (BA) Inscrições: cacau.wiesoo.com
- Apoio: Prefeituras Riachão das Neves, Barreiras, Aiba, Ceplac, Embrapa, Rain Bird, BioBrasil, Netafim, Casa da Lavoura, CIC, TRF, AIPC
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