
Ação da Seap une ressocialização e solidariedade com entrega de produtos cultivados por reeducandos à Instituição Nova Vida
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Mais de 224 quilos de alimentos cultivados de forma orgânica por internos do Conjunto Penal de Barreiras foram doados nesta quarta-feira (24) à Instituição Nova Vida, que atua no atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa integra o projeto de ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização da Bahia (Seap) e reafirma o compromisso da pasta com ações humanitárias que vão além dos muros das unidades prisionais.
A remessa contou com hortaliças e frutas colhidas na horta mantida dentro do complexo penitenciário, onde os próprios internos são os responsáveis pelo cultivo e cuidado diário. Entre os alimentos doados estão beterraba, berinjela, rúcula, couve, mamão, coentro e cebolinha — todos produzidos sem agrotóxicos, reforçando o caráter sustentável da ação.
Além da produção, os reeducandos também montam os kits que são enviados às instituições, participando de todas as etapas do processo. A proposta vai além da alimentação saudável: oferece aos apenados a oportunidade de adquirir conhecimentos em agricultura, desenvolver habilidades profissionais e resgatar valores como responsabilidade, disciplina e solidariedade.
De acordo com a direção do Conjunto Penal, o projeto vem se consolidando como exemplo de boas práticas no sistema prisional do estado. A cada nova colheita, a horta contribui não só para o abastecimento de entidades assistenciais, mas também para transformar a rotina dos internos com perspectivas de reintegração social e redução da reincidência criminal.
A parceria entre o sistema penitenciário e a sociedade civil é vista como um caminho de mão dupla: enquanto as instituições recebem alimentos saudáveis e gratuitos, os reeducandos têm a chance de reconstruir trajetórias por meio do trabalho digno e do contato com valores humanitários.
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