
Migração do governador de Mato Grosso do Sul consolida declínio histórico tucano e fortalece a nova federação PP-União Brasil, hoje a maior força da Câmara dos Deputados
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em um movimento de forte impacto no cenário político nacional, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, oficializou sua saída do PSDB para se filiar ao Progressistas (PP). A mudança, registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última sexta-feira (15), deixa os tucanos sem o comando de nenhum governo estadual pela primeira vez desde a redemocratização, evidenciando um declínio histórico da sigla. As informações foram publicadas originalmente pelo G1.
O anúncio público ocorreu nesta terça-feira (19), em Brasília, durante o lançamento da nova federação entre PP e União Brasil, que se consolida como a maior bancada da Câmara dos Deputados e um polo de poder no campo da centro-direita.
A saída de Riedel, embora simbólica, não surpreendeu os analistas políticos. O governador já vinha articulando sua migração há meses, em busca de uma base mais sólida para sua campanha de reeleição em 2026. Sua permanência no PSDB estava condicionada ao sucesso das negociações de fusão com o Podemos — tratativas que fracassaram. Diante do impasse, o alinhamento com o PP tornou-se o caminho natural.
O declínio tucano em números
- O movimento de Riedel se soma a uma série de perdas recentes que enfraqueceram os tucanos:
- Nas eleições de 2022, o PSDB elegeu sua menor bancada da história na Câmara dos Deputados.
- Pela primeira vez, ficou sem representação no Senado Federal.
- Não lançou candidato à Presidência da República, rompendo uma tradição iniciada em 1989.
- Perdeu o comando de São Paulo, seu principal reduto, governado por quase três décadas.
- Teve a saída de nomes de peso, como Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), que migraram para o PSD.
- Rompeu recentemente a federação com o Cidadania, aprofundando seu isolamento político.
Agora no PP, Riedel passa a integrar um projeto político em ascensão. A federação PP-União Brasil emerge como a maior força parlamentar da Câmara, com capacidade de influenciar pautas estratégicas e articular alianças robustas para 2026. Em Mato Grosso do Sul, o governador deve reorganizar sua base de apoio, alinhando-se ao novo bloco e reforçando a presença da federação no estado.
Mais do que uma troca partidária, a mudança simboliza uma reconfiguração da centro-direita brasileira, onde o PSDB perde espaço para novos agrupamentos, enquanto o PP e o União Brasil se projetam como protagonistas de um ciclo político em formação.
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