
Ferramenta da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil revela impacto bilionário da evasão tributária e reforça debate sobre corrupção no setor privado
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Sonegômetro, painel virtual desenvolvido pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), apontava às 9h40 desta quinta-feira (21) um montante de R$ 363.883.700.833,94 em impostos sonegados no país apenas em 2025. A ferramenta, atualizada em tempo real, contabiliza as perdas bilionárias resultantes da evasão fiscal e coloca em perspectiva o peso da sonegação para as contas públicas.
De acordo com a média registrada entre 1º de janeiro e 21 de agosto, a sonegação diária supera R$ 1,7 bilhão. Mantido esse ritmo, a estimativa é de que o Brasil encerre o ano de 2025 com aproximadamente R$ 570 bilhões em tributos sonegados – valor superior ao orçamento anual de diversos ministérios somados.
Embora o imaginário popular frequentemente associe corrupção exclusivamente à política, especialistas ressaltam que a sonegação de impostos constitui uma das formas mais graves de corrupção no Brasil. O mecanismo impacta diretamente a arrecadação do Estado, reduzindo a capacidade de investimento em áreas essenciais como saúde, educação, segurança e infraestrutura.
As consequências da evasão fiscal vão além da perda imediata de recursos. A sonegação amplia desigualdades sociais, pois transfere o peso tributário para trabalhadores assalariados e pequenas empresas, que não têm meios de escapar da cobrança. Ao mesmo tempo, enfraquece a competitividade, já que empresas que cumprem suas obrigações ficam em desvantagem diante da concorrência desleal de quem frauda o sistema.
O Sonegômetro cumpre um papel de transparência ao expor em tempo real a dimensão do problema. Ao mostrar os números de forma contínua, a ferramenta evidencia que o combate à corrupção deve ser ampliado para além da esfera política, alcançando também o setor privado e o comportamento fiscal de grandes grupos econômicos.
Com a cifra já ultrapassando a marca dos R$ 363 bilhões em pouco mais de sete meses e a perspectiva de superar R$ 570 bilhões até o final de 2025, a discussão sobre mecanismos de fiscalização, punição e educação tributária ganha ainda mais relevância no debate público.
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