
Projeções apontam recuo nas estimativas de preços e leve alta no PIB, enquanto juros e câmbio permanecem estáveis
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O mercado financeiro reduziu, nesta segunda-feira (1º), as projeções de inflação para os próximos três anos. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), a expectativa para 2025 caiu de 4,87% para 4,85%, em 2026 passou de 4,33% para 4,31%, e em 2027 recuou de 3,96% para 3,94%. Para 2028, a estimativa foi mantida em 3,80%. Apesar da tendência de queda, a projeção para 2025 segue acima do teto da meta de 4,5%.
PIB em leve alta
O relatório também trouxe ajustes no crescimento econômico. O Produto Interno Bruto (PIB) esperado para 2025 subiu de 2,18% para 2,19%, enquanto a previsão para 2026 avançou de 1,86% para 1,87%. Os números reforçam uma visão de estabilidade, mas com desempenho tímido diante do cenário global de incertezas.
Selic e câmbio
A taxa básica de juros (Selic) não teve alterações nas expectativas. O mercado projeta que ela encerre 2025 em 15% ao ano, caindo para 12,50% em 2026 e 10,50% em 2027. No câmbio, a estimativa é de que o dólar termine 2025 em R$ 5,56 e 2026 em R$ 5,62, indicando pressão cambial persistente.
Balança comercial
Na balança comercial, o superávit esperado é de US$ 65 bilhões em 2025 e US$ 68,7 bilhões em 2026, números que reforçam a importância do setor externo para equilibrar as contas do país em meio ao cenário inflacionário.
Regime de metas contínuas
Desde janeiro, o Brasil adota o regime de meta contínua de inflação, que estabelece objetivo central de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. O BC ajusta a Selic para manter os índices dentro dessa faixa. Caso a inflação fique fora do intervalo por seis meses seguidos, a instituição é obrigada a justificar ao ministro da Fazenda.
Foi o que ocorreu em junho, quando o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou carta a Fernando Haddad após a inflação acumulada em 12 meses ultrapassar o teto. Entre os fatores apontados, estavam o aquecimento da atividade econômica, a desvalorização cambial, a alta da energia elétrica e os impactos de anomalias climáticas.
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