
Foto: Marcela Correia
Investigação da Polícia Civil aponta fraudes em pagamentos internos da Hemoba; ex-servidora é suspeita de peculato, inserção de dados falsos e lavagem de dinheiro
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Civil da Bahia, por meio do Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), deflagrou nesta quarta-feira (17) a Operação Fluxo Vital, que culminou na prisão preventiva de uma ex-servidora da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba). A ação também incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão, coordenados pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap).
De acordo com as investigações, a suspeita teria se beneficiado de fraudes em pagamentos realizados pelo sistema interno da Hemoba, todos efetuados por um único usuário vinculado a ela. Os valores desviados ultrapassam R$ 500 mil, recursos que deveriam ter sido destinados ao atendimento da saúde da população baiana.
O caso veio à tona a partir de denúncias encaminhadas pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), que também auxiliou na apuração dos fatos. Durante as investigações, foram identificados indícios de inserção de dados falsos nos sistemas da instituição e movimentações financeiras suspeitas em contas de terceiros, caracterizando possíveis crimes de lavagem de dinheiro.
Especialistas em gestão pública destacam que fraudes em instituições de saúde, ainda que pontuais, podem ter impactos significativos na prestação de serviços, comprometendo o atendimento a pacientes e a alocação de recursos essenciais. No caso da Hemoba, os valores desviados poderiam ter sido aplicados em aquisição de insumos, manutenção de equipamentos ou ampliação de serviços de hemoterapia no estado.
A ex-servidora permanece custodiada à disposição da Justiça, enquanto a Polícia Civil prossegue com as investigações para identificar outros envolvidos e mapear a extensão do prejuízo aos cofres públicos.
O episódio reforça a necessidade de mecanismos de controle interno mais rígidos em órgãos públicos e de maior fiscalização sobre sistemas de pagamento e movimentação financeira, principalmente em setores estratégicos da saúde.
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