
Moeda brasileira se beneficia do diferencial de juros em relação aos Estados Unidos, enquanto a desconfiança com Javier Milei derruba o peso argentino em mais de 30%.
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O real acumula valorização nominal de 16,18% em 2025, garantindo a quinta maior alta entre 33 moedas acompanhadas pelo Valor Data até 17 de setembro. O desempenho coloca a moeda brasileira em seu melhor patamar desde junho de 2024, impulsionada pelo diferencial de juros em relação aos Estados Unidos e pela busca de investidores estrangeiros por mercados mais rentáveis. A informação foi publicada pelo Valor Econômico.
O ranking é liderado pelo rublo russo, com forte alta de 36,60%, seguido pelo florim da Hungria (19,96%), pela coroa sueca (18,29%) e pela coroa tcheca (17,81%). O real fecha o grupo das cinco maiores valorizações, refletindo a tendência de moedas que se beneficiam de taxas de juros domésticas mais elevadas que as norte-americanas.
No extremo oposto, o peso argentino registra a pior performance do ano, com queda de 30,05%. A desvalorização reflete a perda de confiança do mercado na condução econômica do presidente Javier Milei, que havia conquistado apoio inicial após assumir em 2023. Outras moedas que acumulam perdas são a lira turca (-14,45%), a rúpia indiana (-2,98%) e a rúpia indonésia (-1,84%).
O cenário internacional é marcado pelo enfraquecimento do dólar, diante da incerteza sobre a política econômica do presidente dos EUA, Donald Trump, e pela recente decisão do Federal Reserve (Fed) de iniciar cortes nos juros. Esse movimento favorece países emergentes como o Brasil, que atraem capital externo em busca de rentabilidade.
Economistas, no entanto, ressaltam que o ambiente pode se alterar rapidamente caso haja turbulências políticas no Brasil ou mudança na trajetória do Fed. Por ora, o real se consolida entre as moedas de melhor desempenho do mundo em 2025.
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