
Primeira fase do processo no STJ apura envolvimento de desembargadora afastada, falso cônsul e cantora em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no TJ da Bahia
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciará em 24 de novembro o julgamento de oito réus em uma das três ações penais decorrentes da Operação Faroeste. Os interrogatórios, que se estenderão até 5 de dezembro, apurarão o envolvimento dos investigados em esquemas de grilagem de terras no Oeste baiano e na venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA). A lista de acusados inclui nomes de peso, como o falso cônsul da Guiné-Bissau, Adailton Maturino, apontado como o mentor do esquema pela Polícia Federal.
Também serão julgados a desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do TJBA, sua filha, a cantora Amanda Santiago – ex-vocalista da Timbalada -, e o genro da magistrada, o advogado Márcio Duarte Miranda, suspeito de operar propinas para a desembargadora.
Recentemente, o ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste no STJ, negou os pedidos de absolvição sumária dos réus, rejeitando alegações de cerceamento de defesa e nulidade de provas. Os crimes em apuração incluem corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e ocultação de bens. As audiências de instrução, primeira etapa do julgamento, ocorrerão em formato híbrido, com cronogramas de 24 a 28 de novembro e de 1º a 5 de dezembro. Testemunhas, advogados e réus com domicílio fora de Brasília poderão participar por teleconferência, enquanto os residentes na capital federal participarão presencialmente, com a opção remota facultada mediante justificativa.
Além dos nomes já citados, o tribunal analisará o caso da advogada Geciane Maturino, esposa de Adailton Maturino; do ex-juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio; e dos advogados Ricardo Augusto Três e Valdete Stresser. Estes são acusados de intermediar repasses ilícitos relacionados à grilagem de uma área de 366 mil hectares, extensão equivalente a cerca de um quarto da extensão territorial de São Desidério, ou um pouco mais de um terço da área de Luís Eduardo Magalhães. As investigações contam com provas documentais e delações premiadas de dois produtores rurais, Vanderlei Chilante e Nelson Vigolo, que afirmam ter pago propina a magistrados do TJBA em troca de decisões favoráveis.
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