
Em vídeo incisivo, Danilo Henrique expõe que a nova obra esportiva anunciada no bairro Barreiras I é integralmente financiada pelo Governo Federal, sem qualquer aporte do caixa municipal. O dado, por si só, já desmonta a tentativa do Executivo de capitalizar politicamente o investimento. Mas os bastidores revelam algo ainda mais sensível: a obra não apenas é federal – ela foi retirada de um bairro estratégico por conveniência política do prefeito Otoniel
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O vídeo divulgado por Danilo Henrique nesta terça-feira (16) funciona como ponto de partida para uma controvérsia que vai além da origem do recurso. Ao detalhar os fatos, o líder político evidencia que o centro comunitário esportivo não nasceu como iniciativa da Prefeitura, nem foi pensado originalmente para o bairro onde acabou sendo implantado.
“Hoje eu estou aqui para falar não de opinião, mas de fatos. Primeiro fato. Na última segunda-feira, o prefeito Otoniel deu ordem de serviço a um centro comunitário esportivo no bairro Barreiras I.”
O segundo fato desmonta o discurso oficial:
“Essa obra é um recurso do governo federal, articulado junto com o ministro do Esporte, André Fufuca, o deputado federal João Leão e Cacá Leão.”
Até aqui, trata-se de uma disputa de narrativa. Mas os bastidores ajudam a compreender o real motivo da mudança do local da obra. Segundo relatos consistentes do meio político, o recurso federal foi originalmente destinado à construção de um centro esportivo no bairro Santa Luzia – o maior bairro de Barreiras e um dos mais populosos do Oeste baiano.
À época, Danilo Henrique gravou vídeos públicos ao lado do deputado João Leão e do vereador Tatico, citando explicitamente a emenda parlamentar e apontando a Santa Luzia como destino do equipamento esportivo. A articulação era pública, o bairro estava definido e o vínculo político era inequívoco.
É justamente aí que surge o desconforto do Executivo.
A leitura predominante nos bastidores é direta: o prefeito Otoniel não aceitou que uma obra de grande impacto social no maior bairro da cidade fosse politicamente associada a Danilo Henrique. A saída encontrada foi uma manobra administrativa com claro conteúdo político — deslocar o centro esportivo para outro bairro, esvaziando o crédito do adversário e reembalando a obra como se fosse fruto da própria gestão municipal.
A decisão atende a um interesse específico: impedir que Danilo Henrique colha dividendos políticos na Santa Luzia, território eleitoral estratégico, historicamente carente de equipamentos públicos de lazer e esporte, sobretudo para jovens.
Danilo, ao reconstruir a cronologia dos fatos, deixa essa engrenagem evidente:
“No dia 14 de novembro, solicitei ao ministro e ao deputado esse equipamento para Barreiras. Inicialmente, pensei em fazer na Santa Luzia.”
A retirada do centro esportivo do bairro provocou reação imediata. Moradores da Santa Luzia passaram a manifestar indignação em grupos comunitários e redes sociais. A revolta tem fundamento: o maior bairro do município não possui uma praça estruturada nem um centro esportivo público capaz de atender seus jovens, enquanto vê um equipamento desse porte ser transferido para outro local por decisão política.
O contraste se acentua quando Danilo expõe a passividade financeira do Executivo:
“No dia 6 de junho de 2025, após confirmar esse investimento, fui com outros vereadores ao prefeito tratar da implantação da obra. O prefeito não está gastando um real dos três milhões que arrecada por dia em Barreiras. Todo o recurso dessa obra é do governo federal.”
Em outras palavras, a Prefeitura não teve ônus financeiro algum, mas a Santa Luzia perdeu a oportunidade de receber um equipamento estratégico. O prejuízo foi político e social — não orçamentário.
A cobrança final de Danilo Henrique deixa de ser apenas administrativa e assume contornos morais e políticos. Se o prefeito optou por retirar o centro esportivo da Santa Luzia para evitar o fortalecimento de um adversário, o mínimo esperado seria compensar a comunidade com recursos próprios.
“Já que o Centro Comunitário Esportivo foi retirado da Santa Luzia, nada mais justo do que a Prefeitura reformar a areninha que existe lá hoje, devolvendo dignidade e lazer àquela comunidade.”
O episódio revela um padrão recorrente: decisões administrativas moldadas mais pelo cálculo eleitoral do que pela necessidade social. O centro esportivo não mudou de bairro por critério técnico ou urbanístico – mudou para não render capital político a quem o articulou.
Nesse contexto, o vídeo de Danilo Henrique cumpre dupla função: esclarece os fatos e expõe um método de governo em que obras públicas são reorganizadas conforme a conveniência política do momento, ainda que isso custe a frustração de um bairro inteiro.
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