Possível filiação de Rui Costa ao Avante gera especulações sobre estratégia para 2026

Imagem: arquivo Caso de Política

Movimento beneficia Carletto, que vislumbra espaço político na Bahia com um partido que busca protagonismo no jogo de poder

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A possível filiação do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), ao Avante, antes cogitada como estratégia para a corrida ao Senado em 2026, foi declarada “improvável” por interlocutores de ambos os partidos. A troca de sigla, que teria como objetivo reduzir o peso do PT na chapa majoritária baiana, enfrenta resistência interna e externa, mas ainda é vista com interesse pelo presidente estadual do Avante, Ronaldo Carletto. Carletto, que se projeta como suplente caso Rui concorra ao Senado, enxerga na movimentação uma chance de fortalecer o Avante na política baiana e nacional.

Nos bastidores, a possibilidade de Rui ingressar no Avante mantém-se atraente para ambos os lados. A manobra poderia abrir espaço tanto para o ministro quanto para Carletto, que, integrando uma chapa com Rui Costa, aumentaria sua visibilidade e influência, especialmente se Rui for reconduzido a um ministério em uma eventual nova gestão de Lula. Ainda que Rui e aliados neguem oficialmente a troca de partido, analistas políticos avaliam que a ideia permanece em aberto, enquanto o Avante mantém portas abertas para alianças estratégicas, sugerindo que a legenda busca fortalecer sua presença diante do eleitorado baiano.

De acordo com apuração do Bahia Notícias, integrantes do Avante enxergam a possibilidade de Carletto assumir o posto de suplente caso Rui seja eleito senador. Nesse cenário, Carletto teria proximidade com o núcleo do governo federal, caso Rui retornasse ao ministério — um contexto que historicamente beneficia suplentes, impulsionando suas trajetórias políticas.

Embora Rui negue interesse em deixar o PT, fontes próximas ao ministro afirmam que a troca de legenda “não está fora da mesa”. Com uma aliança adequada, a mudança seria uma estratégia segura para angariar apoio em sua tentativa de conquistar o Senado. Como diz o ditado político:

“em ano eleitoral, quem não avança, perde terreno.”

Para Rui e Carletto, a chance de consolidar novas alianças e fortalecer bases eleitorais é atraente, mesmo que cautela seja a postura oficial. Na prática, o Avante vê no possível candidato um trampolim político que, combinado ao apoio de Lula, ampliaria a influência da legenda no estado. Rui Costa, embora filiado ao PT, desponta como figura que, ao alinhar interesses com os de Carletto, promete impactar a política da Bahia e as alianças para 2026.

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