
Imagens: Prints da transmissão
Vereadora explica Lei 1.648/2025, propõe ações rápidas para reocupar o Centro e afirma que não pretende fazer carreira política
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em entrevista concedida nesta segunda-feira (16) ao programa Impacto, da rádio Oeste FM, a vereadora de Barreiras, Dicíola Baqueiro, detalhou com profundidade a Lei nº 1.648/2025, de sua autoria, que institui o programa Centro Histórico em Movimento. A proposta visa resgatar a vitalidade da região central da cidade por meio de ações imediatas, de baixo custo, mas com grande capacidade de transformar o espaço urbano e a vida econômica local.
Durante a conversa com o radialista Marcelo Ferraz, Dicíola demonstrou pleno domínio sobre a proposta e explicou que a iniciativa nasceu de experiências pessoais, observação, escuta contínua da população e diálogo com o setor empresarial.
Dicíola relembrou suas raízes no Centro Histórico e explicou que o projeto nasceu da escuta popular e do diálogo com empresários locais. “Essa proposta vem da vivência e da vontade de ver a região pulsar de novo.”
“Eu nasci aqui, fui moradora do Centro Histórico muitos anos… Aquela região sempre teve uma vida intensa, mas foi ficando abandonada, sem circulação de pessoas”, lembrou a vereadora.
“Esse projeto nasceu das demandas que eu ouvia, da conversa com empresários que também querem ver o movimento econômico de volta.”
Dicíola defende ações rápidas no Centro Histórico com eventos, serviços públicos e feiras para reativar a região sem altos custos
Ela pontuou que a proposta não depende de grandes investimentos e que foi pensada para gerar efeitos rápidos. Entre as medidas previstas estão a transferência de secretarias e serviços públicos para prédios da área central, a criação de um ponto de ônibus estruturado na Praça Landulfo Alves, além de eventos culturais, gastronômicos e feiras de artesanato e agricultura familiar para manter o espaço ativo durante o dia.
“Esse projeto é para dar celeridade, para trazer movimento urgente, sem precisar de investimento alto, mas com ações que tragam de imediato circulação de pessoas”, explicou Dicíola, diferenciando sua proposta de outros planos mais amplos e de execução mais lenta, com os quais também colabora.
Dicíola defendeu contrapartidas do poder público para reocupar imóveis antigos: “Não dá pra exigir reformas sem oferecer incentivos ou usos públicos”
O radialista elogiou a consistência da proposta e questionou sobre os imóveis abandonados. Dicíola respondeu com clareza:
“A gente não pode simplesmente exigir que os donos reformem esses prédios sem oferecer nada. O poder público precisa oferecer contrapartidas, como incentivos fiscais ou ocupações por órgãos públicos.”
Ela comparou a lógica à atração de empresas para o município:
“Se outra cidade oferece benefício e Barreiras não, ela vai para onde for mais vantajoso.”
Com postura firme, Dicíola afirmou que não busca carreira política e defendeu a renovação nos espaços de poder: “Os espaços precisam ser oxigenados”
Um dos momentos de destaque, foi quando Dicíola abordou sua visão sobre a ocupação de espaços políticos. Com serenidade e convicção, afirmou que não pretende seguir carreira política.
“Eu pretendo cumprir um tempo curto na política. No máximo dois mandatos como vereadora. Acho que os espaços precisam ser oxigenados. Isso é saudável.”
Dicíola reforçou que a revitalização do Centro Histórico depende do engajamento da sociedade: “Sem envolvimento coletivo, a transformação não se sustenta”
Marcelo Ferraz concordou, reforçando a importância da renovação política, e concluiu com um apelo à mobilização da sociedade: “Uma andorinha só não faz verão.” Dicíola endossou:
“Se a sociedade, especialmente as famílias tradicionais, não se envolver, a transformação não se sustenta.”
A entrevista deixou evidente que Dicíola Baqueiro tem atuado com um projetos políticos calcados em propósito e escuta ativa, onde revitalizar o Centro Histórico vai além da infraestrutura – trata-se de resgatar a memória coletiva e devolver vida ao espaço urbano.
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