Com edição marcada para julho, Cacauicultura 4.0 destaca protagonismo do Cerrado baiano na produção de cacau de alta performance e qualidade
Caso de Política com AIBA – Os municípios de Barreiras e Riachão das Neves, no oeste da Bahia, serão palco, entre os dias 10 e 12 de julho, da principal agenda técnica e institucional da cacauicultura brasileira. Em sua quinta edição, o Cacauicultura 4.0 reunirá produtores, pesquisadores, técnicos, investidores e representantes da indústria para discutir os rumos da produção de cacau no Brasil, com foco em tecnologia, mercado e sustentabilidade.
Organizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), o evento consolida o oeste baiano como um novo polo estratégico do setor. A programação inclui recepção de autoridades, ciclo de palestras e dia de campo, com inscrições disponíveis no site https://cacau.wiesoo.com.
Cerrado baiano: de aposta a referência
Introduzida há pouco mais de sete anos na região, a cultura do cacau no Cerrado baiano passou de experimento agrícola a exemplo nacional de inovação e produtividade. Em áreas antes dominadas por grãos como soja, milho e algodão, o cacau encontrou terreno fértil — apoiado por irrigação de precisão, mecanização, rastreabilidade e manejo sustentável.
Hoje, algumas propriedades alcançam até 200 arrobas por hectare, número que rivaliza com as melhores regiões produtoras do país. “O cacau está nos mostrando o enorme potencial do oeste baiano para além dos grãos. Estamos construindo uma nova fronteira agrícola, com ganhos expressivos de produtividade, qualidade e sustentabilidade”, afirma Moisés Schmidt, presidente da Aiba.
Para Schmidt, o Cacauicultura 4.0 é mais do que um evento técnico — é um movimento que marca uma virada de chave para o setor. “Vivemos uma revolução silenciosa. Temos produtores usando sensoriamento remoto, mudas clonais de alta performance e estratégias modernas de manejo. Esse encontro é a chance de projetar o futuro da cacauicultura brasileira com base em ciência e inovação.”
Modelo produtivo de alta eficiência
A implantação do cacau em áreas irrigadas como Riacho Grande, em Riachão das Neves, surpreendeu pesquisadores da Ceplac, que identificaram vigor elevado das plantas mesmo em clima seco. Essa resposta inicial deu origem a investimentos em pesquisa genética, produção de mudas locais e adaptação de técnicas de plantio — como o uso de sulcos mecanizados em vez de covas manuais.
Outro diferencial competitivo do Cerrado é a ausência de doenças como a vassoura-de-bruxa, que ainda impacta regiões tradicionais como o sul da Bahia. Aliada à logística estratégica e ao uso de irrigação controlada, a região vem se firmando como um modelo de cacau tecnificado, escalável e sustentável.
Programação
- 10 de julho (quarta-feira): Abertura oficial e recepção de autoridades – Barreiras (BA)
- 11 de julho (quinta-feira): Ciclo de palestras no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha, com foco em genética, bioinsumos, irrigação e mercado
- 12 de julho (sexta-feira): Dia de campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves (BA), com demonstrações práticas e visitas técnicas
O evento contará com a participação de Ceplac, Embrapa, Ministério da Agricultura, viveiros genéticos, indústrias do chocolate e entidades de fomento nacionais e internacionais.
Cacau de origem sustentável: uma aposta de futuro
Com o mercado global cada vez mais exigente quanto à origem e à rastreabilidade do cacau, o Brasil tem a chance de se destacar como produtor de cacau sustentável e de qualidade premium. A Bahia já lidera a produção nacional, e o Oeste do estado desponta como uma nova fronteira que une eficiência, inovação e responsabilidade ambiental.
Ao conectar campo, ciência e mercado, o Cacauicultura 4.0 reafirma o protagonismo do setor e propõe um novo ciclo de desenvolvimento para a cadeia produtiva do cacau brasileiro.
Serviço
- Data: 10 a 12 de julho de 2025
- Locais: Barreiras e Riachão das Neves (BA)
- Inscrições: https://cacau.wiesoo.com
- Apoio: Prefeitura de Barreiras, Prefeitura de Riachão das Neves, Rain Bird, BioBrasil, Netafim, Casa da Lavoura, Centro de Inovação do Cacau (CIC), TRF, AIPC
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