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Ministro da Agricultura anuncia medidas de apoio ao setor produtivo e afirma que Brasil não abrirá mão de sua autonomia enquanto busca reduzir tarifas americanas de 50% sobre exportações
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reafirmou na quinta-feira (14), em São Paulo, que o governo brasileiro manterá negociações para reduzir as tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos às exportações do país, mas sem abrir mão da soberania nacional.
“Em hipótese alguma vamos abrir mão da nossa soberania. Em momento algum, por determinação do presidente Lula, fechamos o diálogo. Buscamos a negociação na mesa, mas não podemos interferir em atribuições de outros poderes, como o Judiciário”, afirmou Fávaro.
O aumento das tarifas faz parte de medidas adotadas pelos EUA em resposta à tentativa de Jair Bolsonaro e aliados de reverter o resultado das eleições de 2022, culminando nos atentados de 8 de janeiro de 2023. Entre essas medidas, Trump também iniciou investigação comercial contra o Brasil e impôs sanções a Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para mitigar os impactos sobre o setor produtivo, o governo federal anunciou na quarta-feira (13) um pacote de apoio com R$ 30 bilhões em crédito, viabilizado por meio da MP Brasil Soberano. Segundo Fávaro, essas são apenas as primeiras ações, e novas medidas poderão ser necessárias.
“O suco de laranja teve impacto significativo, mas a retirada da tarifa não elimina a necessidade de ajustes no setor. Estamos abertos a ouvir os produtores e implementar medidas complementares”, explicou o ministro. Ele destacou que setores com maior dependência do mercado norte-americano sofrerão efeitos mais intensos e receberão atenção específica.
Além disso, o governo busca ampliar mercados internacionais para exportadores brasileiros, alcançando 400 novos mercados, número recorde na história do país. “A determinação do presidente Lula é intensificar ainda mais essa busca, garantindo alternativas ao mercado americano”, disse Fávaro.
O ministério também planeja ações de compras públicas para absorver parte da produção destinada aos EUA, com foco em produtos como manga e pescados, que serão incluídos em merendas escolares e fornecimento às Forças Armadas.
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