
Imagem: Divulgação da Polícia Federal
Operação Intercessor investiga prefeitos e ex-gestores por fraudes em contratos custeados com recursos do Fundeb, SUS e FNAS. Mandados foram cumpridos em Barreiras, Poções, Encruzilhada e Vitória da Conquista
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (23/10), a Operação Intercessor, que apura um esquema de desvio e lavagem de recursos públicos federais repassados a municípios da Bahia. As investigações apontam forte atuação da organização criminosa em Barreiras e outras cidades, com prejuízo estimado em mais de R$ 12 milhões entre 2021 e 2023. Nesse período, o prefeito de Barreiras era Zito Barbosa (União Brasil).
De acordo com a PF, o grupo criminoso operava por meio de contratos de terceirização de mão de obra financiados com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS). As apurações identificaram irregularidades como ausência de estudos técnicos, pesquisas de preços inadequadas, superfaturamento e prestação fictícia de serviços.
A estrutura criminosa, segundo a CGU, utilizava empresas de fachada, familiares como intermediários financeiros e movimentações bancárias atípicas para ocultar a origem ilícita dos recursos. Parte dos valores desviados teria sido direcionada à aquisição de bens e à ocultação patrimonial, configurando lavagem de dinheiro.
Os crimes investigados incluem organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e infrações à legislação trabalhista. As equipes da PF e da CGU seguem com a coleta de provas e análise de documentos apreendidos, visando identificar novos envolvidos e recuperar os valores desviados.
Até o momento, as defesas dos citados não se manifestaram. A PF informou que novas fases da operação poderão ocorrer conforme o avanço das investigações.
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