O vereador Adriano Stein elogia avanços da gestão estadual em obras e segurança, mas critica a gestão municipal pela crise na saúde, ocupação de leitos e impactos de propostas sobre CNH e autoescolas
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Em pronunciamento na Câmara Municipal de Barreiras nesta terça-feira (07), o vereador Adriano Stein (PL) fez um discurso que transitou entre elogios à gestão estadual e fortes críticas à área da saúde no município. Stein, que se declarou “na política” e não “político”, destacou a coerência como um de seus principais valores, justificando suas observações sobre a administração pública.
Governador Jerônimo Rodrigues reconhecido pela presença na região
O vereador surpreendeu ao reconhecer a atuação do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), na região Oeste. Apesar de se declarar de direita e oposição ao governo estadual, Stein afirmou que não poderia ser incoerente em não admitir os avanços alcançados em Barreiras e no entorno nos últimos dois anos. Segundo o parlamentar, Rodrigues tem sido o “governador mais presente na nossa região nos últimos 20 anos”, citando obras importantes como a conclusão da estrada entre Barreiras e Catolândia, a reforma e ampliação do aeroporto de Barreiras, e o anúncio de expansão do Hospital do Oeste (HO).
“Eu não posso ser incoerente e não admitir o quanto o atual governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, tem feito pela nossa cidade”, declarou Stein, ressaltando a qualidade da estrada concluída e o andamento da obra aeroportuária. O vereador, contudo, ponderou sobre a necessidade de conclusão da obra do HO para uma possível moção de aplausos, evitando que seja vista como “obra eleitoreira”.
Defesa da Polícia Militar e responsabilidade do Governo do Estado
Adriano Stein também abordou a atuação da Polícia Militar em Barreiras, rechaçando a ideia de ações isoladas ou ilegais por parte dos agentes. Ele enfatizou a hierarquia governamental, explicando que qualquer operação policial no município é determinada pelo governo do estado, através de seus comandantes.
“Qualquer ação da polícia militar dentro da cidade de Barreiras é determinada pelo governo do estado. Não existe ação isolada da polícia militar para fazer nenhum tipo de operação dentro da cidade de Barreiras sem a determinação do governo do estado”, explicou. O vereador criticou veementemente a insinuação de ilegalidades nas blitzes, como a Operação Paz no Trânsito (OPT), e considerou um absurdo questionar a atuação da corporação.
Críticas à gestão da Saúde e a consequências da impunidade
Em contrapartida, o discurso do vereador se voltou com veemência para a saúde pública de Barreiras. Stein levantou a preocupação com a alta ocupação de leitos no Hospital do Oeste (HO) por vítimas de acidentes de trânsito, estimada em cerca de 30% ou mais. Ele questionou a coerência de se permitir a circulação de veículos irregulares, especialmente em um cenário onde a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) já possui um rigor considerável.
“Com tanta rigorosidade honestidade, com tanto rigor, para se tirar uma CNH, existe tantos leitos ocupados com acidente de trânsito. Imagine se isso afrouxar. Imagine se isso diminuir. Qual é a consciência, qual qual será as consequências disso?”, questionou o vereador, alertando para o agravamento da situação.
Stein também criticou a lentidão na regulação de pacientes, descrevendo a situação como uma “fila da morte” que está ceifando vidas. Ele direcionou suas críticas à gestão municipal, questionando a transferência de responsabilidades quando existem “duas esferas acima” (estadual e federal) que também deveriam atuar na solução dos problemas de saúde.
Proposta de CNH Social e impacto nas autoescolas
O vereador mencionou a discussão sobre a “CNH social”, atribuindo a proposição inicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, ele manifestou preocupação com a cogitação de o governo atual extinguir as autoescolas, levantando dúvidas sobre o futuro de milhares de trabalhadores e proprietários desses estabelecimentos.
“E o que vão fazer os milhares milhares de servidores de trabalhadores que depende das auto-escolas. O que vão fazer os proprietários de auto-escolas?”, indagou, prevendo que a situação, que já é precária, tende a piorar com as propostas em discussão.
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