
Maior evento técnico do setor no país abriu na noite de quinta-feira (10) com a presença de autoridades e programação que explora inovação, sustentabilidade e industrialização, projetando novos horizontes para a economia local e regional
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Barreiras e Riachão das Neves se consolidaram, a partir desta quinta-feira (10), como o centro das atenções da cadeia produtiva do cacau no Brasil. A quarta edição da Cacauicultura 4.0, maior evento técnico do setor no país, teve sua concorrida abertura oficial no início da noite e segue com uma intensa programação até sábado (12), focada em palestras, painéis e visitas a campo.
Com lotação máxima, a abertura da Cacauicultura 4.0 reuniu autoridades e lideranças do agro no Parque Engenheiro Geraldo Rocha, em Barreiras; evento consolida Barreiras e Riachão das Neves como polos estratégicos da nova fronteira cacaueira no Brasil
A cerimônia de abertura, realizada no Parque Natural Engenheiro Geraldo Rocha em Barreiras, registrou lotação máxima, evidenciando o grande interesse do setor. O evento reuniu importantes figuras, incluindo o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Moisés Schmidt, os prefeitos de Barreiras, Otoniel Teixeira, e de Riachão das Neves, Moab Santana, além de Thiago Guedes, diretor-geral da CEPLAC, e outros empresários e representantes de entidades ligadas ao agronegócio e ao cacau.
Em declaração ao Portal Caso de Política, o governador Jerônimo Rodrigues destacou o potencial de transformação da cultura cacaueira.
A Cacauicultura 4.0 demonstra a força do nosso agronegócio e o caminho da diversificação para o Oeste da Bahia, afirmou o governador.
“Este evento é um convite à inovação e, principalmente, à industrialização do cacau. Precisamos ir além da produção do grão, investindo em sua transformação em manteiga de cacau, licor de cacau, pó de cacau, nibs, chocolates, geleias e sucos da polpa, fermentados, mel de cacau e outros subprodutos de valor agregado, que geram uma gama maior de oportunidades. Isso significa mais empregos diretos e indiretos, mais renda para nossas famílias e um desenvolvimento econômico e social robusto e sustentável para toda a região e para o estado da Bahia.”
Moisés Schmidt, presidente da Aiba e anfitrião do evento, reforçou o potencial inovador da região.
“O Oeste da Bahia já mostrou ao Brasil que sabe produzir com excelência. Agora, com o cacau, temos a oportunidade de inaugurar uma nova fase da nossa matriz produtiva — mais diversificada, mais resiliente e mais sustentável”, afirmou.
Segundo Schmidt, a cacauicultura no Oeste já ultrapassa 1.500 hectares plantados, com expectativa de alcançar 5 mil hectares até o fim de 2026, e projeções de mais de 20 mil hectares até 2030.
“A expansão pode representar um incremento de 60 mil toneladas na produção estadual — um aumento de 50% em relação ao volume atual. Estamos transformando pastagens degradadas em áreas altamente produtivas, com sistemas regenerativos, irrigação e manejo de precisão”, completou, reiterando a mensagem de sucesso evidenciada pela grande presença de público na abertura.
A programação técnica da quinta-feira (10) teve início com relevantes apresentações. Giacoia Neto (Rainbird) abordou a ‘Terra, Água e Dados: A Nova Força do Brasil Irrigado na Agricultura Mundial’. Em seguida, Laerte Moraes (J.Pacta) discorreu sobre ‘Perspectivas de Crescimento da Cacauicultura no Brasil’, e Paulo Marrocos (CEPLAC) finalizou a noite com ‘Diretrizes para o fortalecimento estratégico da cadeia produtiva do cacau no Brasil’.
Nesta sexta-feira (11), a agenda continua intensa com o Ciclo de Palestras Técnicas no Parque Engenheiro Geraldo Rocha, cobrindo uma vasta gama de tópicos essenciais. Temas como “O Futuro da Cadeia de Suprimentos do Cacau com ênfase em rastreabilidade” (Anna Paulo Losi – AIPC), o “Cenário atual do mercado e projeções futuras” (Paulo Torres – NEWWAY COCOA), e “Transformando a Cacauicultura: Inovação e Boas Práticas para Altas Produtividades Rumo ao Cacau do Futuro” (Lugy Rosado) estão em destaque. Serão discutidos ainda “Melhoramento Genético” (Darci Albrect), estratégias para otimizar a colheita (“Concentração da floração e da safra…”), o “Cultivo Intensivo do Cacaueiro” (Brandão Leme – CEPLAC), e “Avanços na irrigação do Cacaueiro” (Emerson Carneiro – TRF). Um painel sobre “Do Campo ao Conhecimento: Caminhos para Aumentar a Produtividade e a Resiliência” e a palestra sobre “O Cacau que o Mercado Quer: Qualidade, Sustentabilidade e Conexão com a Origem” complementam a programação.
O encerramento da Cacauicultura 4.0 acontece no sábado (12), com um Dia de Campo na Fazenda Santa Helena, em Riachão das Neves. Os participantes terão a oportunidade de conhecer de perto as lavouras irrigadas, assistir a demonstrações tecnológicas e participar de palestras com os temas “Primeiros passos do Cacau: Escolhas que fazem diferença”, “O Sucesso da Lavoura Começa no Viveiro”, e “Resiliência, Decisão e Resultado: Como Quebramos Paradigmas no Cacau”, culminando em churrasco e networking.
O evento conta com o apoio das Prefeituras de Barreiras e Riachão das Neves, do Governo do Estado da Bahia, e de importantes empresas e instituições parceiras como Rain Bird, BioBrasil Produção de Mudas, Netafim, Casa da Lavoura, Centro de Inovação do Cacau (CIC), TRF, Ceplac e Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).
Caso de Política | A informação passa por aqui.
#Cacauicultura40 #Barreiras #RiachãoDasNeves #Cacau #OestedaBahia #Agronegócio #Inovação #Sustentabilidade #Aiba #JerônimoRodrigues #MoisésSchmidt #AgroBA #DesenvolvimentoRural #ChocolateDoCacau