Daniel Alves conquista liberdade provisória após paga fiança de R$ 5,4 milhões

Caso de Política com Agências – Após um longo embate judicial, Daniel Alves, renomado ex-jogador de futebol, conseguiu assegurar sua liberdade provisória mediante o pagamento de uma fiança estratosférica. O valor, cifrado em 1 milhão de euros (equivalente a R$ 5,45 milhões), foi determinado pela 21ª Seção do Tribunal de Barcelona. A decisão foi alcançada após análise minuciosa do recurso apresentado pela defesa do ex-lateral, condenado por um crime de agressão sexual.

Este desfecho representa um ponto crucial em uma batalha jurídica intensa. Ambas as partes envolvidas, tanto a defesa de Alves quanto a parte acusadora, haviam recorrido da sentença original. Enquanto a parte denunciante pleiteava uma pena de 12 anos de prisão para o brasileiro, a defesa buscava a absolvição do réu.

Para usufruir da liberdade condicional, Daniel Alves terá que acatar uma série de condições impostas pela Justiça espanhola. Entre elas, destaca-se a obrigação de entregar seus passaportes brasileiro e espanhol, a proibição de entrar em contato com a vítima ou se aproximar dela a menos de 1km, além de se apresentar semanalmente às autoridades judiciárias.

Um trecho da sentença proferida pelo tribunal revela a deliberação: “Acordar a prisão provisória de Daniel Alves, que pode ser evitada mediante o pagamento de uma fiança de 1.000.000 euros…”.

O caso que culminou nesta decisão teve início em 22 de fevereiro, quando Daniel Alves foi considerado culpado por agredir sexualmente uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, no final de 2022. A sentença foi proferida após duas semanas de julgamento. A defesa do ex-jogador, cuja carreira inclui passagens por Barcelona, Paris Saint-Germain, Juventus e São Paulo, além da seleção brasileira, declarou que irá recorrer da decisão da primeira instância no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) e no Supremo Tribunal da Espanha.

A decisão de conceder a liberdade provisória a Alves gerou controvérsias. A acusação e a promotoria local se posicionaram contrariamente, argumentando que o risco de fuga permanecia, “tanto pela nacionalidade brasileira quanto pela capacidade econômica”.

Cumpre ressaltar que, antes mesmo do desfecho do julgamento, Daniel Alves já havia desembolsado a quantia de 150 mil euros (equivalente a R$ 801 mil) como atenuante da pena, numa tentativa de mitigar as possíveis consequências legais de suas ações.


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