Bolsonaro contraria agronegócio e apoia “Tarifaço” de Trump

Em contraponto à bancada ruralista, ex-presidente defende tarifas de Trump e critica reação do governo, defendendo acordo comercial direto com os EUA

Caso de Política | Luís Carlos Nunes – Enquanto a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) articula uma resposta às tarifas anunciadas por Donald Trump, o ex-presidente Jair Bolsonaro expressou apoio ao “tarifaço” americano e criticou a possibilidade de o Brasil retaliar com medidas semelhantes. A declaração, divulgada em suas redes sociais, coloca Bolsonaro em rota de colisão com um dos seus principais grupos de apoio no Congresso. As informações são do Congresso em Foco.

Bolsonaro argumenta que Trump estaria “protegendo seu país de um vírus socialista” e que um confronto comercial com os EUA seria um erro estratégico.

Em vez de retaliar, o ex-presidente defende a redução de impostos sobre produtos americanos e a busca por um acordo comercial direto com Trump.

A declaração de Bolsonaro contrasta com a postura da FPA, cujo presidente, deputado Pedro Lupion (PP-PR), defende a aprovação urgente do Projeto de Lei 2088/2023, que autoriza o governo brasileiro a aplicar contramedidas contra barreiras comerciais unilaterais.

“Precisamos de uma lei. Os grandes players do comércio mundial têm instrumentos legais para proteger seus interesses. O Brasil, não”, afirmou Lupion.

O projeto, já aprovado no Senado, está na pauta da Câmara dos Deputados e deve ser relatado pelo vice-presidente da FPA, Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

O pacote tarifário americano, denominado “Dia da Libertação” por Trump, institui a prática de tarifas recíprocas, rompendo com o modelo multilateral da OMC. O governo brasileiro tenta responder em duas frentes: apoiando o projeto no Congresso e buscando uma solução dialogada com os Estados Unidos, com a possibilidade de representação na OMC caso o diálogo não prospere.

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