Advogado afirma que ex-ministro é inocente e contesta delação premiada que levou à prisão do general
Caso de Política | Luís Carlos Nunes – O advogado José Luis Oliveira Lima, defensor do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto (PL), negou nesta terça-feira (25) que o militar tenha incentivado os atos de 8 de janeiro. Braga Netto, que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, está preso desde dezembro de 2024.
“Braga Netto não participou da elaboração de qualquer plano que atentasse contra o Estado democrático de Direito, que atentasse contra a vida de um presidente da República, de um vice-presidente da República e do emitente relator [Moraes]. Braga Netto é inocente”, afirmou Oliveira Lima.
A declaração contrapõe a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que afirmou que Braga Netto incentivou as ações violentas dos manifestantes em 8 de janeiro, dizendo que mantivessem a esperança “porque ainda não havia terminado e algo iria acontecer”. O advogado alegou que o vídeo citado por Cid se tratava de outra ocasião e que o tenente-coronel foi coagido em depoimento, tornando ilegais os atos originados a partir da delação.
Oliveira Lima também expressou assombro com os atos de 8 de janeiro e manifestou solidariedade aos ministros do STF, especialmente a Alexandre de Moraes.
O advogado reforçou os pedidos feitos na defesa preliminar para que a Corte rejeite a denúncia, alegando que ela foi baseada na delação de Cid. Ele também argumentou que houve cerceamento da defesa, pois nunca teve acesso ao conteúdo do celular do cliente e alegou que houve um “document dump” no processo, dificultando a análise da defesa.
Oliveira Lima defendeu a reputação de Braga Netto, afirmando que o general prestou 42 anos de serviço ao Exército brasileiro “sem qualquer mancha” no currículo e que a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, “não irá manchar a sua reputação”.
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